HISTÓRIA DO CÓRREGO DA TELHA

(João e Elza Nicoli)

      Em 1910, o padre Frei Manuel Simon, comprou a Fazenda do Centro, e vieram com 58 famílias de italianos, todos de Alfredo Chaves, e a dividiram entre si; conforme o tamanho da família e do poder de compras de cada um. O SR Gaetano Nicoli comprou 20 alqueires de terra no Córrego da Telha, por 2,3 contos de reis.

      Em 1911 começaram a desmatar. Era uma mata fechada, para chegarem até lá de Alfredo Chaves em picadas abertas no meio da mata e a pé: eram eles Eugenio, Adriano, Alexandre, Giovanni, Atílio e Santina (Nicoli) que com nove anos era a cozinheira e lavadeira. Dormiam num rancho construído por eles alto do chão, para se livrarem, para se livrarem dos animais silvestres, como onça e cobra. Depois de desmatarem, construíram a casa e o moinho de fubá, com a ajuda do carpinteiro Francisco Salvador.

      Quando o café começou a produzir em 1915, fizerem a mudança em lombo de animais. Demoraram dois dias para chegar. 

      A primeira Igreja da localidade foi construída toda de madeira. Ali Giovana Grassi, Gaetano Nicoli, e seus filhos, rezavam o terço aos domingos e dias santos… Rezavam em latim a ladainha "SANCTA NARIA”, e eles respondiam ' ORA PRO NOBIS’, e a tradição de rezar o terço continua até hoje.

      E assim difundiram sua fé católica, ergueram capelas, igrejas, educando seus filhos no amor a Deus e o respeito à família. Acostumados a rezar todos os domingos adquiria instruções nas aulas de catecismo. 

Tinham sua Almas feitas de canções, abriram lareira nas matas; cantando semeavam e colhiam os frutos, cantando jogavam baralho, mora e a boccia.

Eles viviam a alegria de cada domingo. A noite no vale e nas encostas dos montes ouviam suas vozes unidos numa canção de alegria, de amor e força.

      O Casarão dos Nicoli, construída a machado, foice e fação, ficou para o filho caçula José Nicoli até o ano de 1976, depois vendida para Alexandre Francischetto, pertencendo a ele até 1992 e novamente veio a pertencer aos irmãos Nicoli; João, Caetano, José Aguilar, Miguel e José Solimar. (filhos de Marcelino Nicoli) que continua até os dias de hoje.

        As famílias que formaram essa comunidade foram: Andrião, Nicoli, Nico, Marques, Fuzer, Ambrozim, Scussato, premoli, Menário, Montanaro, Salvador entre outras.

       Família que formam a comunidade hoje: Andrião, Nicoli, Vicentim,  Careta, Camporez, Marques, Lima, Fim, Mediros, Fuzer, cussato, Moura, Pessim, e outras que continuam até hoje aos domingos e dias santos, fazendo suas celebrações e animando o lugar.

 

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