A formação do povo castelense

Os primeiros registros da presença européia em nossas terras datam do inicio do século XVII, com a criação, pelos jesuítas, de um complexo de cinco missões denominadas “Missões de Montes Castello”.

Junto com os missionários também vieram os exploradores portugueses em busca do enriquecimento proporcionado pela exploração do ouro.

A ausência de mulheres brancas provocou a miscigenação entre os nativos e mineradores, gerando assim, como na maior parte das cidades brasileiras, uma população formada por um mosaico de etnias.

A região foi inicialmente povoada pelo colonizador português que, além de se misturar com o nativo, também foi o responsável pela introdução do africano.  

Principais famílias portuguesas que colonizaram a região das Serras do Castelo:

Almança, Almeida Ramos, Alves Dias, Alves Machado, Araripe, Ayres, Azevedo, Barboza, Barcellos, Bicas, Brandão, Cardozo, Carneiro, Carvalho, Castro, Conrado, Coutinho, Crisóstono, Cruz, Cunha, Dias, Durães, Dutra da Rosa, Escobar, Fernandes D’Avila, Ferreira dos Santos, Gomes, Gomes Gonçalves, Gonçalves Leite, Grilo , Guimarães, Homem de Azevedo, Lacerda, Lamas, Leitão, Lemes Pereira, Lima, Lopes da Rocha, Lopes Xavier, Luiz Machado, Magalhães, Manco, Marques, Martins, Maximiniano, Maximo, Mendes, Merçon, Moreira, Moreira Matos, Mota, Moura, Nogueira, Nolasco, Nunes, Oliveira da Costa, Oliveira Pinto, Oliveira de Souza, Oliveira Leite, Paiva, Penna, Pereira de Vargas, Pereira Souto, Pimenta, Pinheiro, Pinheiro de Souza, Pinto Coelho, Pinto de Assis, Rabelo , Ribeiro, Rocha, Rodrigues, Sales, Senna, Serpa, Silvestre, Soares, Souza Flor, Souza Pinto, Souza Werneck, Teixeira, Trugilo, Vagas Fernandes, Vargas Correa, Vargas e Silva, Vargas Ferreira, Vargas Fontes, Vargas Neto, Veloso, Vidigal, Vieira da Cunha, Vieira de Melo, Vieira Machado, Viera Dável.

Imigração Italiana

A participação do imigrante italiano, no final do século XIX, foi primordial para a definição das feições da população castelense. Naquela época a Itália apresentava-se como um país populoso e com poucas alternativas econômicas. Faltavam escolas, estradas, hospitais.

A proliferação de doenças e pestes era algo comum: cólera, pelagra e malária dizimavam milhares de vida por ano, em sua maioria crianças.

Aproximadamente 60% da população era composta por colonos que utilizavam técnicas rudimentares de agricultura, provocando escassez de alimentos.

No norte, por exemplo, comia-se carne uma vez por mês. Já na região sul, a situação era mais aterradora, sendo consumida apenas uma vez por ano.

No dia a dia os italianos se alimentavam de pão preto feito à base de cevada. Mas o fato de ser produzido apenas duas ou três vezes por ano e depois estocado, tornava-o duro feito uma pedra. Aliada a essa situação, a negligência do governo frente à miserabilidade das massas criava um ambiente propicio para a disseminação da idéia de imigração.

Até mesmo o medo do desconhecido era sufocado diante da possibilidade de encontrar um lugar com terras férteis e capazes de garantir o sustento da família.

O início de tudo

Assim começou a saga dos imigrantes italianos. As viagens eram longas e duravam até quatro semanas. No Brasil,  o desembarque era feito nos portos de Vitória, Barra do Itapemirim e Benevente.

Em terras brasileiras, iniciavam  a difícil trajetória rumo aos núcleos coloniais a eles destinados.

Os primeiros colonos

Os primeiros colonos de nossa região precisaram andar entre dois ou três dias em lombo de burro ou à pé, para serem instalados no Núcleo Colonial de Castello, no Município de Alfredo Chaves.

Entretanto, as terras daquela localidade não eram atrativas, fato que motivou a busca por áreas mais produtivas. Então, no ano de 1892, algumas famílias resolveram migrar para as terras do Distrito de Castello, instalando-se nas regiões de Venda Nova, São João de Viçosa e Pindobas.

Primeiras famílias italianas de Castelo:

Agostini, Alledi, Altoé, Ambrozim, Andreão, Antoniazzi, Avanci, Baldo, Baquette, Barbieri, Bassani, Bassini, Belizário, Beloti, Beninca, Berçan, Berlizi, Bernabé, Betini, Bindaco, Bissaco, Bissoli, Bonicenha, Boniziol, Bortolini, Bortolon, Botacin, Bragatto, Brambila, Bravin, Broedel, Brunetto, Brunoro, Bufão, Bunini, Burini, Buzzato,Calabrez, Caliman, Callegario, Camata, Campagna, Campagnaro, Campanha, Camporez, Canol, Capanin, Carari, Careta, Carnieli, Carviatto, Casagrande, Cassaro, Cassotti, Catabriga, Cechin, Celim, Celitti, Ceotto, Cesconetto, Cola, Colodeti, Cora,  Coradim, Cossatti,  Cossetti, Costalonga, Dadalto, Dalarmi, Dalcin, Dalfiori, Dalvi, Dan, Dardengo, Dare, Dariva, Davel, Debortolli, Delarmi, Delazari, Delesporti, Delpupo, Demartin, Depoli, Destefani, Dona, Donadeli,  Dorigueto, Faccini, Faco, Fae, Faitanin,  Falquetto,  Falsini, Faquim, Fardin, Fassarela, Fávero, Fazio, Fazollo, Feitosa, Ferraço, Ferrão, Ferrari, Filleti, Fin, Fiorenzi, Fiorini, Fiorio, Foli, Fornassiari, Fracarolli,  Franzotti, Fregulha, Frossard, Furlan,Fuzer, Gaburro,  Gagno, Gambatti, Gava, Gazzola, Geraldi, Gobbi, Grechi, Grillo,Jareta, Jubini, Lachini, Lamonti, Largura, Lazaro, Libardi, Lorencini, Lorenzoni, Lourenção, Lubiana, Magnago, Magri, Marangonha, Marangoni,  Marcolan, Maretto, Marinatto, Marmim, Martinuze, Menegazzo, Meneguetti, Merenda, Merotto, Mignoni, Milanezi, Modolo, Montanaro, Morale, Nali, Nicolli,  Padovani, Paganini, Pagio, Paquete, Parmanhaní, Paste, Peisino,  Perin, Piassi,  Picolli, Pigatti, Pilon, Pimentini, Pin, Pinon, Piubin, Pizzol,  Pontini, Prioschi, Pupin, Puzziol, Requieri, Rigo, Rizzo, Salvatori, Santolin, Scabelo, Sesquin, Stelzer,  Sufiatti, Tamiasso, Taquetti, Tassi, Tomazini, Tozzi, Uliana, Valani,  Vazzoler, Ventorin, Venturim, Viganor, Viguini, Vinco, Vinha,Vitorazzi, Vizentin, Volpini,  Zagotto, Zalcanella,  Zampiroli, Zanardo, Zanchetta, Zandonadi, Zanelato, Zanette, Zanoli, Zanon, Zanuncio, Zaqui, Zardo, Zavarizzi, Zoboli, Zorzal, Zuccon, Zucolotto, Zuim. Zumerle.

Fonte:Prefeitura Municipal de Castelo