OS PRIMEIROS HABITANTES DA GRUTA DO LIMOEIRO

Estudos comprovam vestígios da presença humana datados de 4,500 anos atrás, o que a torna a gruta uma área de estudo sobre a pré história do Espírito Santo.

No passado ela foi a habitação dos puri-coroados, um grupo indígena integrante do troco lingüístico macro jê, que habitavam as regiões do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Sudeste de Minas Gerais. O termo puri significa “gente tímida e mansa”. Coroados porque costumavam raspar o alto da cabeça, deixando o cabelo semelhante a uma coroa.

Possuíam estatura baixa, entre 1,35 e 1,65, rosto largo, nariz curto, dentes fortes e olhos oblíquos. Tinham braços musculosos, cabelos negros e grossos, compridos e abundantes.

Embora caracterizados como “mansos”, quando enfurecidos, tornavam-se extremamente vingativos, fato que gerava constantes conflitos com os exploradores de ouro. Por isso, no ano de 1765, um grupo de habitantes emigrou para o Porto de Caxangá, na foz do Rio Itapemirim, levando consigo algumas peças que simbolizavam a fé católica: a imagem de Nossa Senhora do Amparo, os sinos e a pia batismal. Hoje, tais peças constituem o acervo da Paróquia Nossa Senhora do Amparo, em Itapemirim.

Um dos episódios mais importantes relativos à história da região diz respeito a um gigantesco combate travado entre nativos e o colonizador branco, no ano de 1771. Reza a lenda que os garimpeiros cortaram uma ponte de cipó sobre o Rio Caxixe, fato que desagradou os profundamente aos índios.

A fúria dos indígenas obrigou os exploradores a fugirem da região e a se abrigarem no Baixo Itapemirim. As constantes ameaças colaboraram para  o abandono da Serra do Castello até o inicio do século XlX.

MEMORIAL