Estudos comprovam vestígios da presença humana datados de 4,500 anos atrás, o que a torna a gruta uma área de estudo sobre a pré história do Espírito Santo.
No passado ela foi a habitação dos puri-coroados, um grupo indígena integrante do troco lingüístico macro jê, que habitavam as regiões do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Sudeste de Minas Gerais. O termo puri significa “gente tímida e mansa”. Coroados porque costumavam raspar o alto da cabeça, deixando o cabelo semelhante a uma coroa.
Possuíam estatura baixa, entre 1,35 e 1,65, rosto largo, nariz curto, dentes fortes e olhos oblíquos. Tinham braços musculosos, cabelos negros e grossos, compridos e abundantes.
Embora caracterizados como “mansos”, quando enfurecidos, tornavam-se extremamente vingativos, fato que gerava constantes conflitos com os exploradores de ouro. Por isso, no ano de 1765, um grupo de habitantes emigrou para o Porto de Caxangá, na foz do Rio Itapemirim, levando consigo algumas peças que simbolizavam a fé católica: a imagem de Nossa Senhora do Amparo, os sinos e a pia batismal. Hoje, tais peças constituem o acervo da Paróquia Nossa Senhora do Amparo, em Itapemirim. |