Os Pássaros voam sob o azul do céu;
E o Poeta viaja em seu pensamento
Pelas folhas brancas esculpindo palavras
Com sua caneta esferográfica.
Os Pássaros voam, e voam em busca de alimento;
E o Poeta alimenta sua busca olhando os pássaros voarem.
Os pássaros voam hora solitários hora em bandos, e
Cantam ao amanhecer em seus ninhos;
E o Poeta chora a solidão de um amor que nunca teve,
E suas lágrimas rolam rosto a fora borrando as letras do poema
Que escreve.
Os Pássaros buscam e encontram seus anseios.
E o Poeta, apenas voa!
Voa bem alto tenta voar como os Pássaros,
E as donzelas apaixonadas choram ao ler cuidadosamente
O que ele deixa no papel.
E o Poeta perde o brilho nos olhos, ao ver os Pássaros cantarem.
E, no amanhã,
Ânsia de quem espera
Os Pássaros buscarão
E encontrarão de
E o poeta mais uma vez voa nas letras moldadas de seu poema,
Incessante…
Como o brilho das estrelas de uma noite enluarada
E assim o poeta voa…
O Poeta e os Pássaros.