História
A celebração de Corpus Christi (Corpo de Cristo) surgiu na Idade Média. Fazem parte da lembrança da data missas, procissões e adoração ao Santíssimo Sacramento. Quarenta dias depois do Domingo de Páscoa é a quinta-feira da Ascensão do Senhor. Dez dias depois temos o Domingo de Pentecostes. O domingo seguinte é o da Santíssima Trindade, e na quinta-feira é a celebração do Corpus Christi.
Em Castelo, no fim da década de 50 já era costume erguer altares em determinados pontos da cidade. As ruas eram enfeitadas com folhas de árvores e as janelas e sacadas eram ornamentadas com toalhas de renda(ou bordadas), jarras de flores e outros detalhes que davam ao local um aspecto festivo e solene, preparado especialmente para a passagem da procissão dos fiéis.
No início da década de 60 uma irmã que vivia na cidade, Zuleide “Vicência”, com ajuda dos fiéis, inovou e confeccionou um pequeno tapete com motivos geográficos junto ao altar em frente à Capela Nossa Senhora das Graças, da Santa Casa de Misericórdia.
Em 1964, com o apoio do Frei José Osés, vigário da Paróquia, um grupo decidiu fazer os tapetes no centro da cidade. Em 1965 algumas outras ruas foram enfeitadas e percorridas em procissão. Com isto, a festa ganhou notoriedade.
Das folhas secas de mangueira usadas inicialmente, novos produtos foram sendo acrescentados, entre eles terra vermelha, flores e palha de café e arroz, pedras granuladas, moídas, brancas ou coloridas, borra de café, ramos picados de ciprestes, pó de serra tingido(ou natural), pó de pneus, cal, tampinhas de garrafas pet, bolas de gude e muitos outros.
Na véspera da festa, os moradores passam a noite confeccionando os tapetes, à espera dos turistas que prestigiam esta grande festa da fé. No ano passado, cerca de 50 mil turistas compareceram ao município.